Eu estava por fora
Me ceguei
Não sei, agora
O que farei
Escolhas erradas
Memórias mal lembradas
Pavimento esburacado
Será que eu sabia que estava errado?
Tenho a benção da minha época
Depois do almoço, tiro uma soneca
Posso viver sendo ineficiente
Sou eu mesmo, inconsciente
Indiferenciado
Lixo mal amado
Embalagem furada
De um produto expirado
Na prateleira do que eu não queria
Só havia espelhos
Caminho até o armário
A roupa que serviria
Pra me lembrar que estou nu
É a mesma que visto agora
Escrevendo estes versos
Meu mindinho não suporta mais
Encontrar-se com o pé da cama
Vendo os registros dos meus pensamentos
Vejo o desamor, o desamparo,
E também a potência de ser algo muito maior do que me faço ser
Influência dos deuses pagãos
Pedaços de nós mesmos espalhados pelo Cosmos
Espaço lotado, despenhadeiro sem chão
Depressão crônica do ser pensante
Vida subjetiva angustiante
Pequena e gigante


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