Diário de Setembro: O Despertar no Décimo Dia

Sem alarme, os meus olhos se abriram lentamente. A luz da manhã esboçou contornos suaves para que eu me habituasse ao início do dia.

Perguntei ao meu corpo o seu estado, e ele respondeu que, apesar da falta de manutentação, estava bem. Minhas mãos e pés começaram a se mover, o sangue percorreu as trilhas conhecidas, e os pulmões, ainda envoltos em sonolência, respiraram profundamente, acolhendo o frescor da manhã.

Estiquei os braços, tentando alcançar o invisível. Minhas pernas se alongaram em um espreguiçar indelicado para acordar os músculos adormecidos. Virei-me para o lado, sentindo o colchão que amparava meu peso.

Com as mãos pressionando a cama, o tronco se ergueu para que eu me sentasse na borda. Levou alguns segundos para que o mundo se ajustasse ao meu redor. Inclinei-me para frente, meus pés tocaram o chão e, com um movimento único, me levantei.

Depois de encontrar equilíbrio, dei um passo adiante, avançando para o dia. O corpo despertou, a mente se aclarou e a vida recomeçou, como se cada amanhecer fosse uma nova página a ser escrita.

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