Os pequenos dramas do cotidiano | PublishNews

Considerado um dos principais contistas da literatura latino-americana, Julio Ramón Ribeyro (1929-1994) forma, com Mario Vargas Llosa e Alfredo Bryce Echenique, o trio de principais prosadores do Peru no século XX. No entanto, Ribeyro, um eterno tímido e amante da solidão, se via como uma exceção nesse panorama. Ao enfocar as esperanças e frustrações da classe média urbana, quase sempre de Lima, Ribeyro atinge a perfeição de uma linguagem cristalina, direta e de humor sutil, muitas vezes melancólico. Esse estilo delicado se encontra em sua expressão mais madura na coletânea de contos Ausente por tempo indeterminado (Carambaia, 192 pp, R$ 99,90 – Trad.: Ari Roitman e Paulina Wacht). A linguagem sem sobressaltos une temas diversos nas histórias do livro. No conto-título, um escritor tenta prosseguir a feitura de um romance ao se afastar da vida boêmia em Lima. O autobiográfico Só para fumantes é um relato tragicômico do vício do tabagismo, seus prazeres e horrores. E em Chá literário, por exemplo, um grupo de senhoras discute os atributos literários de um jovem autor. Na introdução à coletânea, o autor também apresenta uma espécie de teoria do conto. A obra tem posfácio do chileno Alejandro Zambra, um dos admiradores mais devotos de Ribeyro.

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