Há mais de 15 anos trabalhando com edição e revisão na literatura, Rodrigo Rosp – um dos fundadores da editora Dublinense – percebeu que, com frequência, alguém escreve um texto subversivo e inovador do ponto de vista literário – sem se ater às convenções ou à tradição –, mas mantém a preocupação de não cometer “erros” na regência verbal ou na colocação pronominal, por exemplo. Pensando nisso, ele se pôs a perguntar por que motivo o escritor se curva à gramática normativa em vez de abraçar as mudanças que acontecem naturalmente na língua falada. Essa inquietação se transformou em projeto de doutorado, e Rosp resolveu, então, fazer uma pesquisa para mostrar que há mais “desvios” da norma-padrão na literatura contemporânea do que podemos imaginar. É consenso entre gramáticos que a literatura é matéria-prima para a gramática normativa, porém o mais comum é que sejam observados apenas os autores chamados de clássicos, em vez de se verificar os textos de quem está escrevendo no século 21. No perfil do Instagram A língua muda (@alinguamuda), Rosp mostra trechos de livros dos principais nomes da atualidade – como Andrea del Fuego, Aline Bei, Jeferson Tenório, José Falero, Paulo Scott, Eliane Alvez Cruz, Carla Madeira, entre tantos outros – que contêm algum tipo de divergência em relação ao que prega a dita norma culta. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.
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